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10/08/2021

PM vira alvo da PM e depósito de drogas é descoberto dentro de quartel

Por Eduardo Velozo Fuccia

Grande quantidade de maconha, cocaína e crack foi apreendida nesta terça-feira (10) no quartel da Polícia Militar que fica na Avenida Coronel Joaquim Montenegro, na Ponta da Praia, em Santos (SP). Suspeita-se que as drogas seriam usadas em “kits flagrante”.

O quartel é sede do Comando de Policiamento do Interior (CPI) – 6, responsável pelo policiamento militar na Baixada Santista e no Vale do Ribeiro, e abriga o 2º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), grupo de elite da corporação com atuação na região.

Para vistoriar o quartel, a Corregedoria da PM montou uma operação de guerra, que contou com o apoio de duas equipes (95104 e 95109) do 5º Batalhão de Policiamento Militar de Choque (Canil) que vieram de São Paulo.

A unidade foi cercada e os cães farejadores Find e Dara participaram de varredura na sede do 2º Baep. Não foi possível apurar se houve prisões em flagrante, mas o episódio já causou um grande abalo na cúpula da Polícia Militar na região.

Equipes do Reservado da Corregedoria e do Patrulhamento Disciplinar Ostensivo (PDO) tiveram as atenções voltadas para os cães quando eles pararam em frente a um armário no corredor de acesso aos alojamentos de subtenentes/sargentos e cabos/soldados.

O armário não ostentava identificação e nele havia 307 porções de maconha embaladas individualmente, uma porção a granel da erva pesando 1,2 quilo e 50 potes de acrílico contendo essa droga.

Também foram achados no armário 1.202 pedras de crack pesando cerca de 400 gramas, além de cocaína (814 pinos, 34 porções pequenas e 14 sacos com porções a granel totalizando 8,6 quilos). A pesagem geral dos entorpecentes acusou 10,2 quilos.

Duas réplicas de pistola, espingarda, quatro munições de escopeta, martelo de borracha, luneta, quatro granadas, dois telefones celulares, duas balanças de precisão e quatro bases para carregador de HT completaram a relação de materiais achados no armário.

Os indícios são os de que as drogas e os demais materiais ilícitos seriam utilizados para forjar prisões – os chamados kits flagrante. A operação da Corregedoria deverá ter desdobramentos a partir de informações previamente levantadas.

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