Churrascaria de Santos lota em reunião de apoio a pré-candidatos à eleição da OAB
Por Eduardo Velozo Fuccia
Era para ser uma reunião de um pequeno grupo de advogados para discutir o futuro da classe. Apesar de o encontro ser em uma noite de segunda-feira de inverno, o salão de uma churrascaria na Ponta Praia lotou. A temperatura subiu, se contrapondo aos 17 graus que fazia na rua, e a tertúlia terminou com um pacto: apoiar os pré-candidatos Mário de Oliveira Filho e Marcelo José Cruz para comandar, respectivamente, a Seccional São Paulo e a Subseção Santos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Em 48 horas, o número de adesões ao encontro no restaurante santista disparou em um grupo de WhatsApp. Motivados pelo desejo de mudança e simpáticos aos nomes de Mário de Oliveira e Marcelo Cruz, cerca de 100 advogados participaram do encontro, no último dia 2. Eles gostaram do que ouviram dos pré-candidatos e deixaram o encontro fechados com a dobradinha alinhavada. A eleição que definirá os presidentes da OAB para o triênio 2022 a 2024 será na primeira quinzena de novembro.
Os pré-candidatos concederam entrevista ao Vade News. Confira abaixo.
Mário de Oliveira Filho (na frente, à direita, na foto principal)
Qual a maior dificuldade da advocacia paulista?
É a falta de representatividade, a falta de credibilidade da nossa OAB de São Paulo. A entidade perdeu a sua força para lutar pelos anseios e pelas necessidades dos advogados paulistas.
Qual a sua principal proposta para Seccional São Paulo?
Fazer uma gestão voltada exclusivamente para a advocacia, sem qualquer interferência político-partidária, de modo que a OAB não sirva de berço para qualquer ideologia, seja de esquerda ou de direita. Não cabe isso na entidade, porque a nossa política e ideologia são o advogado e a Ordem.
Muito se fala em projetos, em fazer, mas se for eleito presidente haveria algo que aboliria na OAB?
Sim. A primeira coisa que aboliria, definitivamente, é a ausência total de apoio aos advogados no exercício da advocacia em seu dia a dia. Também gostaria de afastar quem se aproxima da OAB para usá-la como trampolim objetivando a satisfação de interesses pessoais.
Marcelo José Cruz (na frente, à esquerda, na foto principal)
Qual a sua maior motivação para se lançar pré-candidato à Subseção Santos?
O que eu conquistei até hoje devo à advocacia. Portanto, chegou o momento de eu retribuir tudo que Deus e os anos de advocacia me deram, doando o que tenho de mais valioso: meu conhecimento e meu tempo. Me sinto pronto para representar e resgatar o protagonismo da OAB-Santos.
Como sente a receptividade pelo seu nome?
Muito positiva, desde que recebi o convite de colegas para me colocar como pré-candidato. Solicitei alguns dias para pensar, pois sei da importância tanto do desafio quanto da Subseção Santos, que figura entre as maiores do Estado e até mesmo do País. Decidi aceitar, honrado, porque sei da seriedade do grupo que está comigo.
Conte um pouco de sua experiência como dirigente de entidades de classe.
Na OAB-Santos já presidi a Comissão de Cidadania e a Comissão da Câmara de Prerrogativas Criminal. Também fui coordenador das regiões II e III da Escola Superior de Advocacia (ESA-SP). Há três anos estou presidente da Associação Nacional da Advocacia Criminal (Anacrim), em São Paulo, o que me dá muita bagagem para conhecer de perto os reais problemas enfrentados diariamente pelos advogados e pelas advogadas, que somam quase meio milhão no Estado. Portanto, verifico que muito poderei contribuir com a OAB-Santos.
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